terça-feira, abril 29, 2008
Wishlist
Desejo-te. Quero sentir-te o mais fundo que consigas dentro de mim. Quero saborear o teu aroma e respirar o calor da tua boca. Quero sentir cada milímetro quadrado da tua pele contra a minha. Quero-te e desejo-te, ou desejo-te e quero-te? Quero dar-me a ti. Só.
sexta-feira, abril 04, 2008
Vou indo
Naquelas coisas da linguagem corporal, dizem que se alguém estiver interessado em nós, o corpo deles “aponta” na direcção do nosso e, normalmente, referem-se aos pés. Isto do interesse é um bocado subjectivo, afinal quando estou a falar em público, as pessoas têm os pés na minha direcção e alguns estão a dormir. Mas quando estamos no cinema e me dás timidamente a tua mão, tens os pés direccionados para o ecrã. Sabendo eu que o simples facto de roçares um dedo que seja na minha pessoa envolve imenso esforço da tua parte, parto do princípio que naquele momento estás interessado em mim, independentemente dos teus pés ou de teres o olhar fixo no filme. Percebo a parte dos pés quando procuras os meus debaixo da mesa e encaixas a minha perna entre as tuas, mesmo sem nunca olhar para mim. Mas quando olhas, tens um olhar tão carregado de significado que tenho que desviar o olhar. Eu não tenho quaisquer dúvidas do que queres dizer e não sei como mais ninguém vê! É um olhar que não me dá qualquer vontade de rir. Fazes-me sentir minúscula.
Não faço ideia onde estão as tuas barreiras ou se estou a pisar o risco. Onde está o risco? Olhar para ti com segundas intenções no meio de um grupo de amigos, quando nem olhas para mim? Beijos plenos de intensidade, porque carregam o peso da insegurança numa próxima vez, em plena auto-estrada reflectidos no retrovisor que ninguém vê, tal é a confusão lá fora? Nunca me insinuei tanto a alguém como a ti nessa noite, enquanto partilhávamos o mesmo lugar que na verdade eram três. Não trocamos mensagens, não há aquela tentação de escrever porque é mais fácil do que falar. Mas também não falamos? Quer dizer, falamos... mas não falamos. E lá estamos os dois a rir e a apalpar terreno numa noite qualquer em que apareças de surpresa. Nunca sei bem por onde andas e acho que pensas o mesmo de mim, apesar de termos os amigos e os locais para coincidir inúmeras vezes. Bares, música, livros, praia, fogo-de-artifício, feiras, horários nocturnos, lugares escondidos, jogos e até as nossas famílias. Música e livros são talvez os elos mais fortes. Há músicas e títulos de livros que não me lembram mais ninguém.
Somos tão descontraídos com toda a gente e tão tensos um com o outro. Onde encaixa aqui o meu namorado? E a tua namorada? Bem, o mal já está feito... acho que vou indo.
Não faço ideia onde estão as tuas barreiras ou se estou a pisar o risco. Onde está o risco? Olhar para ti com segundas intenções no meio de um grupo de amigos, quando nem olhas para mim? Beijos plenos de intensidade, porque carregam o peso da insegurança numa próxima vez, em plena auto-estrada reflectidos no retrovisor que ninguém vê, tal é a confusão lá fora? Nunca me insinuei tanto a alguém como a ti nessa noite, enquanto partilhávamos o mesmo lugar que na verdade eram três. Não trocamos mensagens, não há aquela tentação de escrever porque é mais fácil do que falar. Mas também não falamos? Quer dizer, falamos... mas não falamos. E lá estamos os dois a rir e a apalpar terreno numa noite qualquer em que apareças de surpresa. Nunca sei bem por onde andas e acho que pensas o mesmo de mim, apesar de termos os amigos e os locais para coincidir inúmeras vezes. Bares, música, livros, praia, fogo-de-artifício, feiras, horários nocturnos, lugares escondidos, jogos e até as nossas famílias. Música e livros são talvez os elos mais fortes. Há músicas e títulos de livros que não me lembram mais ninguém.
Somos tão descontraídos com toda a gente e tão tensos um com o outro. Onde encaixa aqui o meu namorado? E a tua namorada? Bem, o mal já está feito... acho que vou indo.
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