Olho para ti de uma maneira que espero que mais ninguém olhe. Não é que tenha sentimentos demasiado egoístas, mas tenho a necessidade de pensar que mais ninguém vê aquilo que eu consigo ver. Quero ser a única a ter este ponto de vista, como uma fotografia premiada ou uma perspectiva especial que mostra toda a beleza escondida de um local. Tenho aquele olhar com que contemplava as prendas que desembrulhava na manhã de Natal, quando finalmente encontrava a que eu desejava mais. Eu não sentia que havia mais uma centena de miúdas com a mesma boneca, simplesmente aquela era a minha boneca e eu era capaz de olhar para ela como mais ninguém era. E acredito que há muita gente que percebe perfeitamente o que eu sinto e que partilha do mesmo, mas não quero saber dessa verdade. Esta visão é minha e tudo o que eu sei ou sinto cá dentro não é para descrever ou confessar a mais ninguém.
Quanto mais olho para ti, mais descubro que há pormenores que me estão sempre a escapar. Sei as expressões e consigo repeti-las só para mim dependendo do tom com que falas, mas sei que nunca vou saber tudo e isso é bom, reconfortante. Continuo curiosa a tentar descobrir tudo o que não sei. Ainda me surpreendo quando estou a olhar com menos atenção e, de repente, aparece a minha imagem que é a tua na verdade. É quase como se estivesse a olhar para outra pessoa que quero conhecer minuciosamente, cada mudança no tom de pele, as rugas no canto dos olhos e dos lábios, o sítio onde apetece mais tocar no teu cabelo, o espaço por detrás da clavícula que me guia até ao teu pescoço. Nada é meu, mas eu sinto que só eu é que sei daqueles pormenores escondidos nestes locais minúsculos. Não vale a pena perguntar o que estou a pensar porque eu não sei responder ao certo. Estou a elaborar uma biblioteca privada sobre ti dentro da minha cabeça, tentar que não me escape nada, não quero esquecer nada... É isto que me faz fundir em ti.
Pela primeira vez, vejo uma razão para não perguntar "em que estás a pensar?"... e acho que alguém te vai agradecer por isso! ;)
ResponderEliminarPara além de mim, claro, que achei o texto lindo...
Um grande abraço*
Amor, sem dúvida!
ResponderEliminar(Parabéns por seres uma das poucas pessoas que chega, realmente, a saber o que isso é e, principalmente, a poder vivê-lo!)
Aurora: é um post um bocado directo é! Mas pronto, apeteceu-me! ;) Pois, vamos esperar que ninguém se chateie por isso! He he Um grandeeeee abraço!*
ResponderEliminarSoNosCredita: diagnóstico e tudo? He he.. Muito obrigada, não sei bem se mereço os parabéns que tudo isto me soa a emaranhado de felizes acasos mas aceito-os na mesma! :)****
:)
ResponderEliminarBem... Eu acho que estava a referir-me a um "alguém" diferente daquele que tu percebeste, mas ok... Nós há muito que somos peritas em questões de igualdade de nomes! ;)
ResponderEliminarHummm...
ResponderEliminarAlguém está a libertar os sentimentos ;)
Sei bem do que falas, o que faz com que saiba tão bem estes momentos é que não os pensamos, saboreamos :)
Beijokas Grandes ***
Uma Páscoa Feliz!:)
ResponderEliminarbalhau: ri-te, ri-te lol
ResponderEliminaraurora: acho que nos entendemos. E quando é que cá vens? Siiiiim? ;)
maria da lua: já sei a quem falar quando precisar de uma psiquiatra toda jeitosa! lol Muito obrg pelo teu comentário.. saboreia muito! ;)
dra: whatever, igualmente!!
menina minha gémea...apaixonei-me pelo teu texto!!! **** beijinhos
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