Eu costumo andar feliz, é verdade. Só de passar perto de um braço de água e ver o céu reflectido fico bem disposta. Acho piada à chuva, especialmente quando escorrego mas consigo livrar-me de uma queda aparatosa que me faz rir imenso da minha falta de jeito e excesso de sorte. Mas o Natal... que hei-de dizer do Natal? Não sei, se calhar é das músicas de Natal e do ritmo que lembra neve a cair. E desta vez eu já vi cair neve de verdade! Se calhar é da iluminação, lindíssima nalguns pontos e terríveis noutros. É nestas alturas que me meto no carro (normalmente com companhia familiar) e vou devagarinho percorrendo as aldeias. Ninguém tira os olhos das janelas para ver quem encontra primeiro uma casa com uma grande conta de electricidade e demasiadas cores. Ou mesmo bichos estranhos iluminados no jardim. Adoro ver as iluminações que me deixam de olhos arregalados e são acompanhadas de uma gargalhada. Enfim, o esforço conjunto de tentar tornar as coisas mais bonitas tem e deve ser apreciado, seja qual for o resultado final!
É claro que há gente mal disposta e as coisas más continuam a acontecer. Mas isso é igual em qualquer outra data e não tem interesse em si, ao contrário da música nas ruas em repetição e a deixar-nos malucos com sininhos, pais natais terríveis pendurados nas varandas, iluminações duvidosas em todo o lado... onde é que se encontra isto noutra altura do ano? Na televisão, a publicidade fica carregada de brinquedos e os detergentes passam finalmente para segundo plano. Cá não neva ("se cá nevasse, fazia-se cá ski"! Não consegui resistir...), mas também não está muito agradável para tomar banho no mar. No entanto, há uma felicidade qualquer que é capaz de ser gerada pelos putos. Não sei realmente o que é, mas deixa-me feliz andar por aí nesta altura do ano.
E depois existes tu que me me agradeces por coisas que não têm a ver com papeis, escola, família e coisas do dia-a-dia. Não sei como descrever como é estar contigo, se bem que isso só aconteça por caprichos cósmicos. Quando há desgraças ou sortes estranhas e chocamos finalmente num uníssono "não" em "tens alguma coisa para fazer daqui a 20 minutos?". Fico sempre a pensar quando foi a última vez que corri de madrugada não sei para onde a rir-me sozinha. Nunca dá para planear nada e é tudo em cima do joelho. Mas depois é tudo normalíssimo, tanta coisa contar, tanta risada, tanto disparate. Até já temos rotina na nossa falta de rotina! E despedimo-nos com um beijo fugaz ao frio (o aquecimento ficou lá em cima!), porque nunca sabemos exactamente quando e o que vai acontecer depois e mais vale jogar pelo momento. Mas desta vez é quase Natal e até nos esforçámos por ultrapassar os obstáculos lançados pelo desalinhamento planetário que me dá sempre vontade de rir. É estranho saber que pode funcionar mesmo quando há uma combinação prévia e, depois de correr tudo mal como era esperado, parece magia ter-se realizado. Será do Natal que paira no ar? E se eu fizer um desejo de Natal, tu tentas concretizá-lo?...
Normalmente é com a tua mãe que eu combino coisas à própria da hora... mas... de certeza que não sou a única que gostava de poder concretizar os teus desejos de Natal!;)
ResponderEliminarUm abraço cheio de "Yuletide joy" e muitos beijinhos natalícios***
Até breve!
PS- Adorei o título... :)
Bem, onde vão os desejos de Natal... acho que só ficou um por concretizar! ;)
ResponderEliminarUm grande abraço e espero que gostes da nova história também... e que não esteja muito frio por onde andas!***